terça-feira, 2 de outubro de 2012


Poetizar

Eu poetizo
No meu livro
Imaginário... sensações,
Destituir-se de fórmulas,
Rimas e métricas incomodam,
Mas questiono-me...
O povo deve se intelectualizar
Ou a poesia se popularizar?
Desculpe a rima,
Não é ironia,
É... sensação de aptidão!
Sem agressões... (é herança!)
Sem medos... (são escolhas!)
Sem vergonhas... (é aprendizado!)
Eu poetizo por que gosto,
Não basta apenas gostar?
Verdade... tem que saber,
Levar as pessoas a pensar.

Incoerências

Quisera ter o dom, bom
De encobrir com sorriso tua voz
De falar sem mentiras tua ginga
Permanecendo forte, o sentimento em nós
Quisera ter certezas maculadas
O mesmo ferir da fada ou da mulher amada
Relembrando sem temores teus receios
Buscar sorrindo no público passeio
Vencendo leve tuas rugas soltas
Faltando leve a tua voz tão rouca
Buscando a fantasia e o delicioso fim
Me perco em sonhos, encontro teu sorriso
Delinío tuas esperanças, seus abraços vivos
E te amo louca, bem mansinho assim.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Noite de Autografos Bienal 2012










Bienal 2012


Doce Terra

                                                                                                                     
Foi em São Paulo que eu nasci.
Já tive muito orgulho deste fato,
Também muitas vergonhas já...

Aqui brinquei, desenvolvi e aprendi,
Professores de português e química!
Poemas e alquimias para namorados!

Descobri arquiteturas, histórias,
E jardins floridos, plenos de poesia,
Cantados por os daqui e de outros poentes,
Mais lindos menos racionais e doentes,
Mais sentidos, repletos de sentidos!

Aprendi coisas boas e da vida,
Senti cheiros fortes e perfumes,
Arrepios dos climas e de emoções...

Tentei por muitas e inúmeras vezes,
Recomeçar, dar por cima a volta,
Reencontrar o caminho ascendente!

E sempre... a luz acesa no fim do túnel,
O convite ao princípio, reiniciando tudo,
Novamente contando com a garra, com a fé,
Com a terra rodopiante, dançante, receptiva,
Doce mel, terra louca esta em que eu nasci!

Aqui ganhei louros, obtive êxitos, prêmios,
Reli em relicários os votos da esperança,
Conquistei amizades, sinceridades, amores.

Aprendi a perder pessoas amadas,
Histórias inventadas e vividas também,
Daqui eu três vezes tentei sumir e fugir...

Mas hoje nesta imensa e doce terra,
Onde formato as rugas do meu rosto,
Pago contas e todo mês é um sufoco,

Reencontro em cada bairro que passo,

Uma lembrança gostosa do abraço!
Saudade do que sou... certeira  porque vivi!

terça-feira, 12 de junho de 2012


Poeta

A ideia
do poeta,
É sentir como
um ser humano,
Colocar no papel,
suas marcas.
Deixar-se envolver,
dia-a-dia,
vivência,
experiência,
espiritualidade,
suas verdades,
com rimas ou não,
técnica ou intuitivamente.
Expor aquela teórica
medicina lírica e solitária,
destravar seus freios idealistas
e
no limiar de seu próprio sonho
sanar a fantasia, alegria,
aventurar-se em sua paixão.


Brasilidades vol.4
Suely Maria Magdaleno
 

terça-feira, 17 de abril de 2012

Brasilidades vol 2 "Correndo Riscos"

Correndo riscos


É o risco que se corre que enriquece a nossa vida,
É o poder de decisão que nos engrandece,
Mas para isso, necessário se faz,
Que o seu peito nunca mais se feche...
É abrindo espaços e criando fórmulas novas,
É sentindo fundo cada movimento que floresce,
Ir tentando lentamente, mas constante,
Tateando cada movimento que enternece...
Tenho medo também, sou humana,
Mas te sinto muito preso e cheio de receios,
Como se isto tudo fosse apenas um começo!...
Se tu não te entregas, que faço pra te abrir?
Se tu não corres riscos, como fico?
Apenas fecho tuas tramelas e espero?
É que as chances todas são tão bonitas!
Existem tantas esperanças de um futuro (?) lindo juntos,
Mas tu fogse todo o tempo e eu me admiro!
De que valem disfarces tantos sempre à toa?
Se eu te sinto tão em mim, a todo o momento?
Se eu sei que me quer bem mais que eu?
Desculpe a pretensão, mas sou mais sensível,
Perdoe a falha, mas te sei carente,
E em sentimentos, eu sou muito mais “gente”...


Suely maria Magdaleno

Brasilidades vol 1 "Refazer-se"



Refazer-se

Vem ver a poesia da janela
Ela é aberta, não tem tramela
É um pouco o passo da dançarina
É a alegria alaranjada de uma rotina
A vida singular dos peixinhos a nadar.
Vem de encontro ao otimismo exagerado
Repensa e refaz o teu passado
Num espelho, sem medos,
O pedaço do tecido amarrotado
O vestido todo branco bem marcado
Coisas boas pra não te incomodar.
Não mais no que você tem de bom
Te dá a chance
Se obedeça
Aprenda a se amar



Suely Marya Magdaleno